quarta-feira, 4 de maio de 2011

“Mais um a entrar no arquivo morto da falida Polícia Civil”

Há pouco mais de três anos afastado dos fatos policiais -graças a Deus- após pouco mais de 20 anos em atividade, sempre arrumando inimigos e processos por causa da profissão que meus patrões até mesmo por conivência com o sistema nunca deram valor, jurei que jamais iria falar jornalisticamente sobre esta área podre, pífia e infame perante uma sociedade impotente e inútil, para dizer bem a verdade, também conivente com o sistema que inunda a nossa querida Dourados só de fatos que denigre a imagem dela.
É nojenta quando se ouve -ou se lê- a imprensa local dizer que “o corpo do fulano vítima da violência foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para ser submetido à necropsia” quando na verdade se sabe que há mais de 20 anos a cidade não possui este importante núcleo e que depende o necrotério dos Uemura, que claro, sempre levando vantagem em tudo, ao vender suas urnas mortuárias, embutem o uso da sala de preparação dos “presuntos” nos custos das urnas mortuárias para as famílias das vitimas.
Também é nojenta quando se ouve -ou se lê- a imprensa local dizer que “A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a suposta autoria e possível mandante do crime” quando na verdade é verídico que ela, a polícia responsável pelas investigações, não investiga porra nenhuma, como foram os crimes que vitimaram advogados trabalhistas; o caso da insânia covardia que fizeram com Magdalena Câmara, que mataram ela a paulada; caso como do empresário Eutímio Sepulvida e de seu filho Fabrício Sepulvida, o “Pacova” também morto covardemente por pistoleiros; do Zé Morais; dos corretores Zeca e Gordinho; do próprio “Perequeté” no Distrito de Itahum, que sumiu e até hoje nada do caso ter sido esclarecido, o caso do pecuarista José Teles ocorrido na década de 90, que assim como o de Elzevir Padoim, foi morto numa tocaia por volta das 6 horas da manhã no portão da garagem de sua casa que hoje abriga a Cachaçaria, entre outros que caíram no esquecimento, graças à impotência do setor de investigação da Polícia Civil que volto a repetir, está há mais de 25 anos falida em nossa cidade e nossos governantes, em especial os secretários que por lá passaram e o atual, nada fizeram e nada fazem para mudar este triste curso da história de uma importante instituição para a nossa comunidade.
Quando se diz que a Polícia Civil através da Regional tem um IML (Instituto Médico Legal) à disposição dos médicos legistas; um núcleo de perícia funcional e principalmente de que o 1º e 2º DP (Distrito Policial) de que os seus respectivos delegados e agentes estariam -ou está invetigando- um crime contra a vida, acorda, tudo isso é uma inverdade, é a mesma coisa que acreditar em Papai Noel; Duende; nos contos de Branca de Neve e seus 7 anos entre outras fabulas das estórias infantil.
Assim como a execução sumária de Elzevir Padoim ocorrida no final da tarde -ou seria inicio da noite- desta terça-feira, na qual o delegado -que não o conheço- que atendeu os levantamentos no local dos fatos, disse à imprensa que a ação criminosa em si “teve todas as características de ser cometido por um pistoleiro profissional”, o policial no meu ponto de vista “descobriu o Brasil” ao proferir esta asneira, pois está mais do que na cara, que a pessoa -ou seria um covarde- foi sim com claro objetivo de mandar o empresário pára o outro lado do mundo.
Neste caso, melhor seria se o delegado nada declarasse a imprensa, e o pior, assim como os demais colegas de profissão, voltou a falar a celebre frase que “a Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar os fatos”, o que com certeza volto a repetir, não vai investigar porra nenhuma, pois conheço e muito bem a fragilidade desta polícia em todos os sentidos, embora esteja já há quase três anos, graças a Deus, afastado desta área jornalística.
IMPUNIDADE
Outro fator que favorece tanto os supostos mandantes dos crimes como os pistoleiros, é sem dúvida alguma a ausência da também frágil tal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) através da sua famigerada Comissão dos Direitos Humanos, que inclusive nos casos que envolveram seus membros, a tudo assistiram -e assistem- os banhos de sangue correndo na cidade, vitimando pessoas e destruindo famílias inteiras.
O Poder Judiciário por sua vez pouca coisa ou nada poder fazer, pois entendo que ele depende da força do também tal MPE (Ministério Público Estadual), porém este órgão como a Polícia Civil e a própria OAB é frágil, com um grupo de representantes do Ministério Público que faz de conta que fiscaliza, mais que na verdade, esta naquela do “faz de conta que estamos acompanhando os fatos e o Estado nos paga para que nós possamos fazer este papel” e por ai vai.
O que se vê a bem da verdade desde os tempos que iniciei minha trajetória na área policial, é uma falência total dos organismos responsáveis por denunciar e coibir estes tipos de crimes hediondos que somente assustam e enlameiam o nome de nossa cidade, e isso se deve também dar uma responsabilidade a nossa imprensa, que acuada ou até mesmo comprometida com o sistema, teimam em não denunciar que a Delegacia Regional de Polícia Civil há anos está falida, com os delegados antigos e os agentes da velha guarda -pra não dizer velhos- não vendo a hora de irem para as suas casas e vestirem os pijamas, enquanto os novatos estão somente na “casa” pensando em terminar as suas faculdades e não agir como verdadeiros policiais por temerem severas punições ou exclusões, e que se foda o povo, que se foda a nossa segurança e que outros casos “Elzevir Padoim” vem por vir, pois ele será comentado apenas uma semana, justamente até a sua missa do 7ª Dia e cairá no esquecimento como os outros e outros que foram acima citados.
Os mandantes e os autores destes modos operantes de crimes sabem que eles apostam na impunidade, na fragilidade da nossa polícia investigativa, e com certeza, eles sempre estarão ganhando, pois sabem que não serão molestados pelas “supostas investigações policiais que tanto a imprensa promete que vai haver” a não ser que um “milagre” por parte de nossa sociedade organizada como os Rotarys; Maçonaria; Lions; entidades representativas como as associações de bairros; do comércio; dirigentes lojistas entre outros, cobrem de nossos governantes, uma verdadeira e ampla reformulação nesta nossa policia investigativa, esta é a mais pura verdade, nada mais do que a verdade.
Há, nesta terça-feira, 26 de abril foi Elzevir Padoim, quem será a próxima vítima destes algozes que sempre estão em franca atividade em Dourados, sempre contando com a impotência da nossa segurança pública, que de segura mesmo, não tem nada, basta ver os números de que crimes que assim como o de Elzevir Padoim aconteceram, e que no episódio que ceifou a vida dele ao levar cinco tiros e que com certeza deve ter rendido ai uns 10 mil para o assassino no mínimo, entraram em definitivo para o arquivo morto, claro, “arquivo morto da morta e frágil Polícia Civil de nossa querida cidade”, que obviamente, não vai chegar ao autor do crime e do suposto mandante, e digo mais aqui publicamente, que “caso o assassinato deste empresário seja esclarecido pela Polícia Civil douradense, com certeza Jesus Cristo fará a barba”, esta é a verdade.
Depois desta, parei e fui e vou rezar para que o pistoleiro e seu “patrão” não descubram o endereço do portão do local onde moro, caso contrário, tô morto...!!!.

matéria escrita por:
Waldemar Gonçalves, o Russo.Jornalista e membro do SINJORGRAN (Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados)

alguns diarios onde foi publicada a materia original:

http://www.douranews.com.br/opiniao/item/15644-%E2%80%9Cmais-um-a-entrar-no-arquivo-morto-da-falida-pol%C3%ADcia-civil%E2%80%9D

http://www.mercosulnews.com/leitura.php?id=91654

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